quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Texto científico

NOÇÕES CONCEITUAIS

Um texto científico é instrumento de divulgação de conhecimento. Destina-se ao universo de leitores específicos. Sua finalidade é apresentar ideias novas e originais à Ciência. Aos temas corriqueiros, sugere nova problematização. Consequentemente, exibirá análise por ângulo ou referencial ainda não explorados, carentes de pesquisa ou elucidação mais elaboradas. É necessário integrar, de forma diferenciada, conhecimentos até então postos isoladamente e de forma superficial.

ESTRUTURA DO TRABALHO CIENTÍFICO

Eis as partes essenciais de um trabalho científico.

Resumo/Descritores
O resumo será elaborado em, no máximo, 150 palavras.

Considerações Iniciais
A introdução do texto científico é o começo do discurso, a enunciação da ideia-chave. Conterá uma visão global do tema e, necessariamente, a natureza do objeto em estudo, além das questões norteadoras, os objetivos da pesquisa, a justificativa da pesquisa e a metodologia utilizada na busca de solução do problema. Deve ser coerente com o desenvolvimento e com a conclusão e não deve conter nada que não seja abordado no decorrer do texto.

Desenvolvimento
O desenvolvimento compreende dois momentos: a explanação das ideias e sua demonstração. É, pois, a exposição, com requintados detalhes, do que foi abordado na introdução. Apresentado de forma descritiva, tem por finalidade expor e demonstrar a fundamentação lógica do texto científico. Neste contexto, formula a proposta, explica, discute e demonstra, num encadeamento que se dá no encalço da etapa final: a conclusão.

No processo de construção das ideias deve-se evitar generalizações (exemplo: “todo mundo sabe...”) e resistir à tentação de empregar terminologia com significado subjetivo. Deve-se escrever para expressar ideias, com variedade de expressões e evitar frases muito longas, entre outros.

O desenvolvimento, geralmente, é dividido em partes. Cada parte deve corresponder a um aspecto que tenha ligação com o todo que está sendo estudado, dando uma visão integrada e lógica que possibilite ao leitor situar-se em relação ao encadeamento das ideias.

A linguagem científica precisa ser observada, eliminando-se palavras supérfluas, pedantismos, gírias na argumentação, evitando-se ainda o uso de aumentativos, superlativos e diminutivos, o que prejudica a força do estilo.

Considerações finais
As considerações finais constituem-se na parte final do discurso, a síntese do que foi apreendido. Significa o fecho, o corolário do discurso. É a última oportunidade de convencimento. Daí, sua importância. Devem conter alguns elementos estruturais para que a culminância aqui especificada se efetive: recapitulação das conclusões a que o autor chegou em cada parte do desenvolvimento; análise das inferências, consequências a que o pesquisador atingiu ao longo de sua busca, ou seja, a conclusão propriamente dita do texto; propostas e sugestões para estudos posteriores.

É fundamental que a conclusão se relacione com os objetivos perseguidos e com as questões levantadas, cuidando o autor, no entanto, de não introduzir nenhum elemento novo, não discutido no corpo do trabalho.

As considerações finais são um regresso à introdução. Há um movimento circular. O leitor tem a impressão de estar diante de um sistema harmônico, conclusivo em si mesmo. É possível ler esta parte do trabalho e saber a ideia geral do autor, sem ler nenhuma parte isolada do trabalho. Deve-se, pois, transmitir de modo resumido, mas pleno de significado, tudo o que na obra tem maior relevo. Sendo a última parte do artigo científico é também o momento do autor posicionar-se integralmente. Deve assumir uma opinião e expor um resumo da sua posição pessoal.

Referências
A lista de referências é a parte final e essencial de qualquer trabalho científico. Sua finalidade é colocar à disposição do leitor indicativos precisos e detalhados a respeito de todas as fontes bibliográficas e/ou documentais utilizadas na elaboração da obra.

As referências dos documentos consultados e citados no corpo do trabalho devem ser organizadas de acordo com as normas da ABNT.

Sílvia M L Mota

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