A TROVA é uma modalidade literária, denominada por alguns autores de “a mais alegre Poesia”. Expressão artística da síntese, trata-se de um poema completo. É uma forma fixa de versificação e se compõe de quatro versos setessílabos, denominados redondilha maior. Caracteriza-se, assim, pela métrica dos versos exaltada em sete sílabas poéticas.
Na TROVA, a rima é obrigatória. Na forma clássica e tradicional, rima-se o primeiro verso com o terceiro e o segundo com o quarto. Na forma simples, aceita-se rimar somente o segundo verso com o quarto. A rima paralela no meio da TROVA, também é tolerada: rima-se o segundo e o terceiro versos e o primeiro verso com o quarto.
O escritor Jorge Amado, em entrevista a Maria Thereza Cavalheiro, jornalista e trovadora, exara apaixonado: “Não pode haver criação literária mais popular e que mais fale diretamente ao coração do povo do que a Trova. É através dela que o povo toma contato com a poesia e por isto mesmo a Trova e o Trovador são imortais.” Desde então, este pensamento é citado em quase todos os artigos que se referem à TROVA.
Todo trovador é poeta, mas nem todo poeta é trovador.
Deixo-lhes aqui, algumas trovinhas consagradas.
Mariinha Mota, minha Mamãe:
Duas coisas pedi a Deus,
nesta vida tão sumária:
viver feliz junto aos meus,
ser professora primária.
Fernando Pessoa:
O poeta é um fingidor,
finge tão completamente,
que chega a fingir que é dor
a dor que deveras sente.
Menotti Del Picchia:
Saudade, perfume triste
de uma flor que não se vê,
culto que ainda persiste
num crente que já não crê.
José Valdez de C. Moura:
Pelos mares de saudade
o meu ser, vagando ao léu,
só deseja a liberdade
das andorinhas do céu:
Autor desconhecido:
Parece troça, parece,
mas é verdade patente,
que a gente nunca se esquece
de quem esquece da gente.
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Cabo Frio, 22 de julho de 2009 – 20h47
Nenhum comentário:
Postar um comentário